Opa... Sei lá... Pense...
sábado, 27 de agosto de 2011
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terça-feira, 16 de agosto de 2011
Respostas para sete dúvidas sobre o uso da chupeta por crianças
Camila Monroe (camila.monroe@abril.com.br)
DIREITO GARANTIDO Usar chupeta não faz mal na creche. Ela funciona como um objeto que ajuda na adaptação. Fotos: Fernanda Preto
Quando o bebê nasce, os pais passam a se questionar sobre os benefícios e os malefícios de oferecer a chupeta a ele. Alguns temem causar dependência, outros pensam em possíveis problemas na dentição e na fala. Na creche, o panorama enfrentado pelos educadores não é diferente. Há muita dúvida e, por causa de tanta indecisão, esse objeto pode acabar ocupando o espaço que não merece, ser proibido radicalmente ou, pior ainda, ficar marcado como um elemento estranho ao ambiente, provocando certa inquietação, que ninguém se arrisca a resolver. Um cenário insustentável, ainda mais porque envolve dois aspectos importantíssimos da Educação Infantil: cuidados com os pequenos e a promoção da autonomia.
1. Para que serve a chupeta?
Ela é uma fonte de relaxamento para os bebês (não é à toa que um dos sinônimos é consolador e o termo em inglês é pacifier, que significa "pacificador". Segundo explicação do pediatra José Martins Filho no livro Lidando com Crianças, Conversando com os Pais, ela possibilita o movimento de sucção, um bom exercício para o desenvolvimento infantil, pois articula os músculos necessários à fala.
2. Seu uso pode ser permitido na creche?
Sim. "É errado os educadores proibirem que os pequenos chupem chupeta. Não há motivo para isso", explica Maria Paula Zurawski, professora do Instituto de Educação Superior Vera Cruz (ISE Vera Cruz) e assessora da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo. O objeto desempenha um papel importante na adaptação dos pequenos quando eles começam a frequentar a creche porque é útil para preencher a falta dos pais, funcionando como uma lembrança do ambiente de casa enquanto o vínculo com o educador e com as outras crianças não for estabelecido plenamente.
3. Na hora de dormir, ela pode ser permitida?
Sim, a chupeta ajuda a embalar o descanso dos bebês. Apesar disso, existem outros momentos em que ela não deve ser liberada: durante as atividades e as refeições, já que, além de atrapalhar o desenvolvimento da dicção, pode estimular o comportamento introspectivo, prejudicando a socialização.
4. É papel do educador ajudar as crianças a largar a chupeta?
Sim, mas não há um método para isso. A função do professor é promover a autonomia delas - o abandono do objeto é uma consequência. Cabe ao adulto ainda desenvolver uma relação de confiança com os pequenos para que eles se sintam cada vez mais seguros na creche. Por isso, é importante ter em mente que chupar chupeta é um hábito que deve ser tolerado, mas não incentivado. Para explorar a responsabilidade e a independência de cada um, proponha que, quando forem vetadas, elas sejam guardadas em potes individuais, junto aos demais materiais de uso pessoal. Um alerta: não perca tempo explicando para as crianças os problemas que ela pode acarretar, como dificultar a fala e atrapalhar o crescimento da dentição, na tentativa de fazer com que a larguem. "Até os 3 anos, a relação entre causa e consequência ainda não é bem compreendida", explica Cisele Ortiz, psicóloga e coordenadora de projetos do Instituto Avisa Lá,
5. Até que idade os pequenos podem usar a chupeta?
Não existe um limite fixo. O bom senso deve prevalecer, afinal, ela é um material de apego, tal como um cobertor ou um brinquedo qualquer que os pequenos costumam adotar para ter por perto durante um tempo. Com um bom trabalho de promoção de autonomia, feito pelos educadores em parceria com a família, é possível ajudá-los a chegar à pré-escola livres dela. "Eles gostam de mostrar aos adultos que estão crescendo e, por isso, acabam abandonando a chupeta facilmente quando incentivados", esclarece Adriana Ortigosa, coordenadora da
6. Quais os efeitos positivos e negativos do objeto?
"Ele é danoso se der origem a uma relação de dependência duradoura", fala Ana Paula Yazbek, formadora de professores do Centro de Estudos da Escola da Vila,
7. O uso deve ser combinado com a família?
Sempre. Se os pais insistirem para que o filho não use a chupeta na creche, explique que se trata de um apego passageiro, porém muito valioso para ele. "Deixe claro que o objeto não prejudica o aprendizado dele
Reportagem sugerida por 1 leitora: Edna Nery Borbely, São Paulo, SP
sábado, 23 de julho de 2011
segunda-feira, 11 de abril de 2011
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Leia um pouco a cada dia, pois esse hábito muito te acrescentará.
sexta-feira, 4 de março de 2011
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_V_S3Q5b9A_vBd78xTsWk2ml1e7ZyZyxzlNNPBq0TXauLTmqQaUUW1KCwQQeugNoGQ0qwbBAhvUKpdIBKFMN1wwsOkFq6NIJuO6-q8PKg2VICafflEzVNHPRO4lWGq1xvyaVyv9GJBF2X/s400/concurso-professor-rj1.png)
As cantigas fizeram parte da nossa infância e jamais serão esquecidas, sendo assim, é dever enquanto educadores reensiná- las, preservá-las, incentivando nossas crianças a cantá-las, brincando com suas letras. As cantigas podem e devem fazer parte do cotidiano da sala de aula, pois através da música podemos observar a verdadeira expressão da criança, suas alegrias, tristezas, angústias, desejos ...A música no período da Ed. Infantil, deve ser um texto de fácil memorização, podendo servir como textos auxiliares para todo o crescimento da criança... cognitivo, psicológico, motor e grande aliada para alfabetização.
**** Meu Pintinho Amarelinho****
Meu pintinho amarelinho Cabe aqui na minha mão Na minha mão. Quando quer comer bichinho Com seus pezinho ele cisca o chão. Ele bate as asas Ele faz piu, piu Mas tem muito medo é do gavião.
****A Janelinha***
A janelinha fecha Quando está chovendo A janelinha abre Se o sol está aparecendo. Fechou, abriu Fechou, abriu, fechou Abriu, fechou
Abriu, fechou, abriu.
**** Barata****
Havia uma barata na careca do vovô Assim que ela me viu Bateu asas e voou Seu Joaquim, quirim quim Da perna torta ta ta ta Dançando conga, ga ga Com a Maricota, ta ta.
E muito mais...
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
primeiro momento: conhecer os pequenos, aproximar- se deles, compreender seus habitos, costumes e medos, fazendo com que facilite o planejamento diario.
Importante:
* ler com atenção ficha com todas informações da criança (histórico saúde);
* bate papo com pais, onde serão exclarecidas dúvidas;
Precisamos enquanto cuidadores/ educadores conhecer a rotina da criança em casa, conhecendo do que gosta de comer, de brincar, se possui objetos que sejam apegadas.
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
Adaptação na Educação Infantil
No período da Educação infantil é quando acontecem às primeiras relações sociais da criança, sempre que nos deparamos com situações de imaturidade e insegurança, percebemos o quanto precisamos crescer, nós adultos e consequentemente pais.
Precisamos cada vez mais buscar fontes de apoio e equilíbrio, daí então é que entenderemos que não seremos nem primeiros e únicos a passar por esse momento. Estudos e autores que se entregaram a pesquisas podem sim tecnicamente nos dar caminhos a seguir na pratica diária, dentro da Ed. Infantil, sem fazermos nossas crianças sofrerem, pois a qualidade do relacionamento que possam estabelecer com os pais, é sem sombra de dúvida fundamental no processo do desenvolvimento social da criança.
Toda atenção e afetividade recebidas no decorrer da infância, sendo dos pais, professores e ou demais adultos com os quais convive, são de extrema importância, fazendo com que essa criança passe a ter e ver o mundo de forma positiva e consequentemente passa a acreditar que a convivência com os outros é necessária e também será agradável. Na verdade, as crianças precisam de bons modelos para desenvolver habilidades sociais.
Ao iniciar a sua adaptação na Educação Infantil, a criança vive um momento de muitas mudanças de uma só vez. Afasta-se parcialmente do convívio familiar e cria novas relações afetivas.
Para que essas mudanças sejam incorporadas de maneira tranqüila pelas crianças, nós temos que ter o cuidado de envolver os pais nesse processo de adaptação, pois permanecendo na escola e vivenciando a formação de vínculos de afeto com o professor e com os demais colegas de seu filho, assim como observando a implantação da rotina pelo grupo, sendo assim, os pais tendem a ficar seguros e naturalmente passam essa segurança para a criança.Enquanto os pais não demonstrarem esta segurança, os filhos seguiram a todo o momento impondo suas vontades, diante da fraqueza daqueles que deveriam ser o exemplo de força.
domingo, 30 de janeiro de 2011
** Leia e reflita... **
Recusar a identificação da figura do professor com a da tia não significa, de modo algum, diminuir ou menosprezar a figura da tia, da mesma forma como aceitar a identificação não traduz nenhuma valoração à lei. Significa, pelo contrário, retirar algo fundamental o professor: sua responsabilidade profissional de que faz parte a exigência política por sua formação permanente.
A recusa, a meu ver, se deve, sobretudo, a duas razões principais. De um lado, evitar uma compreensão distorcida da tarefa profissional da professora, de outro, desocultar a sombra ideológica repousando manhosamente na intimidade da falsa identificação. Identificar professora com tia, o que foi e vem sendo ainda enfatizado, sobretudo na rede privada em todo o país, quase como proclamar que professoras, como boas tias, não devem brigar, não devem rebelar-se, não devem fazer greve. Quem já viu dez mil “tias” fazendo greve, sacrificando seus sobrinhos, prejudicando-os no seu aprendizado? E essa ideologia que toma o protesto necessário da professora como manifestação de seu desamor aos alunos, de sua irresponsabilidade de tias, se constitui como ponto central em que se apóia grande parte das famílias com filhos em escolas privadas. Mas também ocorre com famílias de crianças de escolas públicas.
Me lembro agora de como o então presidente da Associação de Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo – Apeoesp –, professor Gumercindo Milhomem, alguns anos passados, respondeu à acusação de famílias de alunos das escolas da rede estadual, em greve, num programa de televisão. As famílias acusavam os professores de prejudicar seus filhos, descumprindo o seu dever de ensinar, a que Gumercindo respondeu que havia um equívoco na acusação. Professoras e professores em greve, dizia ele, estavam ensinando, estavam dando a seus alunos, pelo seu testemunho de luta, lições de democracia (de que tanto precisamos neste país, acrescento agora).
“Em que medida certas professoras querem mesmo deixar de ser tias para assumir-se como professoras Seu medo à liberdade as conduz à falsa paz que lhes parece existir na situação de tias, o que não existe na aceitação plena de sua responsabilidade de professoras”.
· Paulo Freire – Professora sim, Tia não
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
ROSELIANE TRAJANO DE ANDRADE
O LÚDICO = O BRINCAR: VISANDO O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA NA EDUCAÇÃO INFANTIL.
Monografia de Conclusão de Pós-Graduação em EDUCAÇÃO, apresentada como requisito parcial para a obtenção de nota avaliativa, no Curso em Educação com Especialização em Educação Infantil da FAI - Faculdade de Itapiranga/ SC.
Orientador (a): Prof. Elenice Ana Kirchner
Capão da Canoa, RS
2010
AGRADECIMENTO
Aqui, coloco meus sinceros agradecimentos a todos que de maneira ou outra, apoiaram-me para conclusão, desta Monografia e em âmbito maior deste curso: Meu marido, meu filho, meus pais, irmãos e irmãs.
Meu marido por compreender a importância que tem para mim meus estudos, me apoiando e compreendendo e não deixando que eu desanime.
Meu filho por entender minhas faltas e ausências.
Meus pais, irmãos e irmãs por mostrarem a cada momento que passamos juntos seu orgulho em ter-me como membro da família, acreditando sempre que faço o que realmente gosto.
As brincadeiras infantis ajudam no desenvolvimento do cérebro, porque a inteligência se desenvolve a partir da interação da criança com o outro ambiente, com outras crianças e outras pessoas e não apenas como resultado da carga genética que os pais transmitem aos filhos. Por essa razão até os intervalos escolares - os recreios – desempenham um papel muito importante no desenvolvimento das crianças. Ali, inventam suas próprias brincadeiras, divertem-se e estão ajudando na conexão dos neurônios. Brincando a criança aprende o que ninguém pode ensinar. (BELTRAN, 2001, p. 26)
RESUMO
Este trabalho teve como objetivo estudar e analisar o quão importante se faz o brincar para criança, pois é através do lúdico e brincar: visando o desenvolvimento da criança na educação infantil. O faz de conta que o educando (a), vira personagem estabelecendo regras enquanto decisões para o grupo, gestos, posturas, e movimentos para representar o ato daquele momento envolvendo o processo do ensino e aprendizagem nas idades da Educação Infantil. O problema que norteou a pesquisa foi - qual a importância do brincar nas idades de quatro meses a seis anos, para o ensino e aprendizagem do educando nas escolas de Educação Infantil - sendo utilizada como metodologia a pesquisa bibliográfica, por entender que muito tem a oferecer, os autores e obras consultados nesta pesquisa mostram que é de extrema relevância que se conheça e entenda a importância do brincar na práxis da Educação Infantil, para o desenvolvimento pessoal, ensino e aprendizagem da criança. Sendo que, a mesma desde que nasce se comunica através de gestos e sons, mais tarde começando a representar determinados papéis nas suas atitudes, no brincar, desenvolvendo assim a imaginação e outras capacidades deveras importantes: cognitivo, motor, atenção, concentração, interpretação, autonomia e memória e também desenvolvendo os aspectos de socialização e de interação. É através da atitude do brincar que é possibilitada a criança, o aprender de forma prazerosa e natural, diante disso pode-se dizer que o brincar é relevante para o desenvolvimento e aprendizagem da criança na Educação Infantil.
Palavras – chaves: Lúdico. Brincar. Ensino. Aprendizagem. Infância. Educação.
ABSTRACT
This work aimed to study and analyze how important it is to play the child, for it is through play and leisure: towards the development of children in early childhood education. The make-believe that the (school), turns character decisions while establishing rules for the group, gestures, postures, and movements to represent the act of that time involving the process of teaching and learning at the kindergarten age. The problem was that guided the research - what is the importance of play in ages from four months to six years to teaching and learning in schools educating early childhood education - being used as the methodological literature, understanding that has much to offer authors and works consulted in this research show that it is extremely important to know and understand the importance of play in the practice of early childhood education, personal development, teaching and learning of children. Since the same from birth communicates through gestures and sounds, later starting to represent certain roles in their attitude in play, thus developing the imagination and other skills very important: cognitive, motor, attention, concentration, interpretation, autonomy and memory and also developing the aspects of socialization and interaction. It is through play that is the attitude enabled the child to learn in a pleasant manner and natural, thus can be said that the play is relevant to the development and learning of children in kindergarten.
Key - words: Recreation. Play. Education. Learning. Childhood. Education.
1 INTRODUÇÃO
O ato de brincar nas idades da Educação Infantil é uma fonte riquíssima de infinitas possibilidades de ensino e aprendizagem para o educando, com isso a criança “viaja” no mundo da fantasia, da imaginação usufruindo e envolvendo-se com tudo que acontece a sua volta, e por conseqüência adquirindo novos conhecimentos, mas para tal, esse momento deve chegar ate a criança de maneira significativa e prazerosa, fazendo com que a mesma sinta-se envolvida, para isso, conta-se com o auxilio do adulto.
As brincadeiras e toda a ludicidade que as envolvem, devem ser importantes aliadas do educador, com intuito de serem vistas como instrumentos essenciais a práxis pedagógica, sendo que nessas situações as crianças são colocadas perante desafios, assim desencadeando um processo de construção do conhecimento do individuo. Contudo, a partir do momento que o profissional da educação opta pela ludicidade no seu método de trabalho, o mesmo tem de ter a clareza da real concepção que abrange a educação lúdica. O educador deve ser peça chave no bom desenvolvimento da Educação Infantil, mas para tal é necessário a compreensão abrangente do mesmo.
Devido a pouca informação, formação, qualificação e por que não dizer, certo desinteresse do educador em incentivar seu educando no brincar com intuito do aprender, é percebido a falta de conhecimento quanto o real “valor” da brincadeira, diante da literatura especializada tendo como tema: O LÚDICO = O BRINCAR: visando o desenvolvimento da criança na Educação Infantil, podemos perceber ideias contrapostas, mas de comum aceitação e aplicação quanto ao lúdico, o brincar, na educação Infantil.
Alguns autores relacionam o lúdico a tudo que envolva criatividade, fantasia, diversão, espontaneidade, socialização, ensino e aprendizagem. Haja vista, é na “primeira infância” que a criança, começa a conhecer a si e ao “mundo” que está a sua volta, despertando interesse pela convivência em grupo e para tal este processo deve contar com o auxílio educador, sendo que, este passe a agir com criatividade usando todos os métodos, naturais e didáticos para cativar o espectador em questão (criança).
Tendo como tema: O LÚDICO = O BRINCAR: visando o desenvolvimento da criança na Educação Infantil, o estudo proposto estrutura-se em apresentar passos para o desenvolvimento do educando de maneira a levá-lo para a construção do ensino e aprendizagem, teremos neste problema de pesquisa a importância do brincar na Educação Infantil nas idades de quatro meses a seis anos de idade, preocupação relevante enquanto educadores.
Portanto, o presente trabalho pretende responder à seguinte questão: Qual a importância do brincar nas idades de quatro meses a seis anos, para o ensino e aprendizagem do educando nas escolas de Educação Infantil, no litoral norte do estado do Rio Grande do Sul.
O objetivo geral do trabalho consiste em estudar a importância do ato de brincar na Educação Infantil, fazendo deste momento uma ferramenta didática pedagógica, para o desenvolvimento físico, mental e social do educando nas idades de quatro meses a seis anos: Coletar dados através de obras bibliográficas, sendo que, estas levarão o pesquisador ao estudo, a pesquisa e o conhecimento do assunto proposto por este Projeto; demonstrar a importância que o ato de brincar, entre e com a criança enquanto educando, deixar-se envolver, nas diferentes idades na Educação Infantil;; reconhecer no ato do brincar o relevante aproveitamento do ensino e ou aprendizagem para o educando da Educação Infantil; praticar o brincar, dando liberdade e interagindo com a criança enquanto educando e educador.
Temos nesta pesquisa o objetivo de diagnosticar e analisar a importância do brincar no decorrer do processo ensino e aprendizagem nas idades de quatro meses e a seis anos de idade no período que abrange a Educação Infantil.
Auxiliar o educador quanto à dificuldade que apresenta em envolver-se com a criança, no ato do brincar, mostrar o quão relevante a credibilidade do educador no momento do brincar com objetivos pedagógicos. O desconhecimento de que se ensina brincando, através da interação adulta- criança, adulto- adulto e ou criança - criança. A pouca importância que se dá para utilização das brincadeiras e ou jogos no processo pedagógico infantil, pois daí diversos conhecimentos pode-se adquirir, a criança enquanto educando. Tendo como, problema norteador: O Lúdico = O Brincar: visando o desenvolvimento da criança na Educação Infantil; a metodologia utilizada foi bibliográfica, os autores consultados nesta pesquisa mostram que é de grande relevância conhecer a importância do brincar no desenvolvimento e ensino aprendizagem da criança.
2 EDUCAÇÃO INFANTIL
2.1 CONCEITUANDO A INFÂNCIA
Haja vista que na “primeira infância” a criança, começa a conhecer a si e ao “mundo” que está a sua volta, despertando interesse pela convivência e para tal este processo deve contar com o educador escolar, sendo que, este tende a agir com criatividade usando de todos os métodos, naturais e didáticos para cativar o ouvinte.
Portanto, é apresentado neste estudo e pesquisa o quão fundamental e de grande valia nesta fase que se faça despertar na criança o interesse pelo brincar, pois é somente através desta oferta que o aprendizado acontecerá de maneira natural, verdadeira.
De acordo com Áries (1981), “(...) a criança era tão insignificante, tão mal entrada na vida.” Entretanto, é possível dizer e ver que esse conceito vem sendo transformado no decorrer dos tempos e cada vez mais convivendo com uma grande desigualdade social e cultural, sendo que algumas crianças precisam trabalhar para ajudar na renda familiar, já outras são forçadas a terem compromissos e preocuparem-se com seu futuro. Perdendo assim seu irrecuperável tempo de ser e viver criança, preocupando-se com situações que lhes deveriam ser apresentadas quando jovem ou adulto, na infância deveria apenas ocupar-se com o brincar, expressando seus sentimentos e emoções.
Segundo ARROYO, 1994, p. 89: “(...) a infância deixou de ser apenas objeto dos cuidados maternos familiares e hoje que tem que ser objeto dos deveres públicos, do Estado, da sociedade como um todo (...)” Em âmbito cultural brasileira convencionou-se que a mulher, enquanto mãe deu-se responsabilidade única pela infância, mas precisamos reconhecer esta fase da vida não mais como somente categoria familiar, pois o estado deve fazer parte de maneira complementar junto a família.
A infância, sem sombra de dúvida é a fase mais significativa na vida do ser humano, nesta etapa considera-se que o individuo forma sua personalidade com base nas suas vivencias, no seu contexto histórico, sócio - cultural.
A maneira como a infância é vista atualmente é mostrado no Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (Brasília, 1998), que vem afirmar que “as crianças possuem uma natureza singular, que as caracterizam como seres que sentem e pensam o mundo de um jeito muito próprio”. Sendo assim, durante o processo de construção do conhecimento, “as crianças se se utilizam as mais diferentes linguagens e exercem a capacidade que possuem de terem idéias e hipóteses originais sobre aquilo que procuram desvendar”. Este conhecimento constituído pelas crianças “é fruto de um intenso trabalho de criação, significação e resignificação”.
(...) compreender, conhecer e reconhecer o jeito particular das crianças serem e estarem no mundo é o grande desafio da educação infantil e de seus profissionais. Embora os conhecimentos derivados da psicologia, antropologia, sociologia, medicina, etc. possam ser de grande valia para desvelar o universo infantil apontando algumas características comuns do ser das crianças, elas permanecem únicas em sua individualidades e diferenças (BRASIL,1998, p.22).
Ser criança é um momento único e irrevogável, o qual jamais poderá ser negado, ser criança é viver o presente, mergulhando no universo lúdico e construindo sua própria história, sua cultura tendo o brincar como direito.
No envolvimento dimensional que abrange a brincadeira leva a criança a desenvolver sua criatividade, autonomia, interação e no seguimento sua personalidade, através da socialização para com colegas e seus conhecimentos de mundo, os quais adquiridos no meio sócio-cultural em que vivem. É no momento da partilha desses conhecimentos que acontece a interação entre os pequenos, seu educador, consequentemente dá-se inicio ao processo de construção e ou reconstrução dos saberes.
É na infância que se tem grande fonte de vitalidade imaginaria, sendo que a imaginação é percebida de desenvolvimento contínuo, no decorre de toda a vida, é neste tempo de infância que a criança se entrega por completo e livremente à fantasia.
Quando nos referirmos à infância , logo nos vem a ideia do encantamento que esta fase proporciona, sendo assim, pode-se dizer que é impossível enquanto ser humano viver o presente, passado e ou futuro sem relembrar do universo lúdico pelo qual passamos noutros tempos de nossa mais pura infância, fase que dá o direito de brincar, criando e encantando a si e ao outro.
2.2 O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
O termo lúdico é derivado de ludus, que no latim esta associada a brincadeiras, aos jogos de regras, à recreação, ao teatro, às competições, sendo assim, ao explorar dentro do trabalho pedagógico a ludicidade surge a expressão – Educação Lúdica.
A Educação Lúdica visa estudar e valorizar um novo processo de desenvolvimento da capacidade física, intelectual e moral do ser humano, através do uso de jogos, brinquedos e materiais didáticos que sirvam de suporte para que o sujeito da aprendizagem adquira os”aprenderes” de maneira eficaz, descontraída e eficiente. Em décadas distantes, o estudioso Aristóteles já relacionava o estudo ao prazer e os professores de sua época já utilizavam “ jogos didáticos” no desenvolvimento do estudo da matemática, filosofia, etc.
Acredita-se na importância do auxilio do lúdico como estratégia básica do educador que busca trabalhar de forma prazerosa mostrando “eficassidade” com seus educandos.
Piaget, preocupado em explicar os processos internos a partir dos quais o individuo adquire conhecimento, afirma que a “função da atividade lúdica ou simbólica é dar outro valor aos objetos criando uma realidade diferenciada, adequando-se ao seu mundo (mundo da fantasia). A imitação ( baseada na acomodação) e o jogo ( baseado na assimilação da realidade do pensamento privado e egocêntrico) apresentam os extremos de duas funções que devem atuar juntas para atingir o equilíbrio.”
Na atividade lúdica, o objeto representa um símbolo que sugere algo pré existente na mente do aprendiz, por meio dela é possível reelaborar a realidade, quase sempre escondida, mas muito almejada pelo aprendiz.
A situações lúdicas vivenciadas pela criança na Educação Infantil, é capaz de refletir uma relação constante entre o real e a fantasia, permitindo indicar que o jogo de papeis tem como características a libertação e a imersão do real.
Vygotsky, a aprendizagem configura-se no desenvolvimento das funções superiores por meio da apropriação e internalização dos signos e instrumentos em um contexto de interação. A aprendizagem humana pressupõe uma natureza social especifica e um processo mediante o qual as crianças ascendem a vida intelectual daqueles que as rodeiam. Sendo assim, é possível dizer que a brincadeira cria na criança segundo Vygotsky, uma nova forma de desejos. Ensina-se a desejar, respeitando e relacionado os mesmos, a um “EU” fictício, interligando seu papel na brincadeira e, por conseguinte suas regras. Assim sendo, as maiores aquisições para o futuro tornando-se seu nível básico de ação real e moral.
Vivemos em uma sociedade em que existe enorme diversidade social e cultural, estando diretamente relacionada com a criança, estando esta dentro ou fora do contexto escolar. Existe algo comum entra as mais diversas expressões culturais que envolvem o mundo infantil, a ludicidade, o mundo da brincadeira, do faz de conta, da fantasia, do mundo que envolve o imaginário da criança.
A Educação Didática Lúdica e Pedagógica tem de ser valorizado e entendido como atitude natural da criança. A ludicidade visa estudar e valorizar um novo processo de desenvolvimento da capacidade física, intelectual e moral do ser humano por meio do uso das brincadeiras.
Faz-se relevante que o educador, através da sua maneira de apresentar a brincadeira, possa vir a despertar o interesse e a atenção da criança e ou desinteresse e a desatenção. Sendo bem apresentada acontecerá de maneira muito clara o envolvimento e despertando nela, dentre outros fatores, habilidades, desenvolvimento, criatividade, expressão corporal, oralidade, autonomia, criticidade entre outras, haja vista, que são considerados elementos importantes para a formação pessoal e social do ser humano enquanto individuo que necessita conviver em grupo.
É importante que tenhamos consciência de que o ser humano em todas as fases de sua vida está sempre descobrindo e aprendendo coisas novas pelo e através do contato com seus semelhantes. Ele nasceu para aprender e ensinar, para descobrir e apropriar-se dos conhecimentos adquiridos ao longo da sua vivência, desde os mais simples aos mais complexos, e é isso que lhe garante a sobrevivência e a integração na sociedade como ser participativo, crítico e criativo.
Segundo Almeida, 1995; “(...) A educação lúdica é uma ação inerente na criança e aparece sempre como uma forma transacional em direção a algum conhecimento, que se redefine na elaboração constante do pensamento individual em permutações constantes com o pensamento coletivo. (...)” Assim sendo, a primeira infância é o melhor momento para que se possa despertar o prazer pelo convívio em grupo, à apresentação dos novos conhecimentos e habilidades, apresentadas e ou representada através da fala e gestualidade corporal, interação, socialização, autonomia, sendo que, essas atitudes devem acontecer com verdade.
Diante da vivencia social, com grande diversidade cultural e social, estando diretamente relacionada à criança inclusive no contexto escolar.
O enfoque na avaliação lúdica é um dos muitos caminhos que possibilita ver como a criança inicia seu processo de adaptação a realidade através de uma conquista física, funcional aprendendo a lidar de forma cada vez mais coordenada, flexível e intencional com seu corpo, situando-o e organizando-o num contexto espaço- temporal que lhe é reconhecível, que começa a fazer sentido para sua memória pessoal.
No mundo da ludicidade, da brincadeira, da fantasia, do faz- de- conta, enfim, do mundo imaginário da criança dentro ou fora da escola. Enquanto educando, a instituição escola deve oportunizar o desenvolvimento do raciocínio, ensino e aprendizagem, por intermédio do lúdico, valorizando sempre cada forma de expressão individual ou no grupo.
O aprender através do lúdico acontece de maneira natural, não é necessário que outro ensine a criança, sendo que ela age intuitivamente, seguindo “passos” que ela mesma supõem serem corretos. Brincar é essencial, passando a ser um ensaio para a vida adulta, nesta fase é usada a imaginação, a fantasia para aprender a lidar com a realidade a sua volta.
A ludicidade bem trabalhada nas idades da Educação Infantil, tornando um dos principais fatores de estimulação da aprendizagem, da construção e reconstrução dos mais distintos saberes, fazendo com que as crianças brinquem, crie e recrie seu mundo intelectual, a magia e o encantamento.
O caráter lúdico presente no comportamento infantil prove a aprendizagem adquirida pela criança no ambiente em que esta inserida a partir das interações e situações vividas.
O ato do brincar é o momento no qual a criança constrói um mundo para si, transpondo as vivencias da realidade do seu cotidiano, fazendo da maneira que achar interessante e viável para ela. Por ser o brinquedo diante do brincar um instrumento com funções definidas ou não, o brincar destaca-se por construir uma relação direta e imediata na ação educativa visando diversas dimensões: social, cognitiva, relacional e pessoal no desenvolvimento da criança.
Sendo assim, o educador precisa conhecer e entender a origem e o real sentido da ação do brincar, tirando o máximo proveito, promovendo atividades educativas lúdicas, fazendo com que esses momentos sejam parte do processo educativo infantil. Pois, brincar é sem dúvida uma das maneiras de proporcionar o aprender, assim como, experimentar-se, compreender-se, relacionar-se, imaginar-se e expressar-se e transformar-se.
Diante da ludicidade é possível constatar o quão fascinante é esse momento para a criança, levando-a, a viajar em um infinito mundo da fantasia e imaginação, onde a criança tem por direito a expressão livre, corporal, vocal, etc.
O lúdico na educação infantil é uma fonte riquíssima e de infinitas possibilidades para o educando, ou seja, a criança passa a compreender através da fantasia e da imaginação o que acontece a sua volta, mas para tal esse ato tende a acontecer de forma convidativa e prazerosa.
As atividades tidas por lúdicas são sem dúvida o início do desenvolvimento do intelecto na primeira infância, fazendo com que o brincar tenha grande valor na construção do conhecimento, por permitir que a criança explore e conheça seu “mundo” interior e compreenda seus limites por si só, exercite a socialização e adquira qualidades fundamentais para seu desenvolvimento mental e físico.
Segundo Almeida (1995, p. 62) ”A educação lúdica é uma ação inerente na criança e aparece sempre como uma forma transacional em direção a algum conhecimento, que se redefine na elaboração constante do pensamento individual em permutações constantes com o pensamento coletivo. (...)” Assim sendo, a primeira infância é o melhor momento para que se possa despertar o prazer pelo convívio em grupo, à apresentação dos novos conhecimentos e habilidades, apresentadas e ou representada através da fala e gestualidade corporal, interação, socialização, autonomia, sendo que, essas atitudes devem acontecer com verdade.
É importante que, enquanto educador tenha consciência em saber que o contato do educando com o mundo do brincar, num primeiro momento tem-se de agregar adulto e criança, pois assim, acontecerá relevantes troca de conhecimentos, através dos materiais utilizados, ou seja, objetos, formas, cores, ambientes, podendo então facilitar um futuro processo de alfabetização do individuo.
As técnicas lúdicas utilizadas na Educação Infantil fazem com que a criança, aprenda com alegria, vontade e prazer, sendo relevante lembrar que o educar através da ludicidade está distante da concepção do passatempo, ou seja, simplesmente uma diversão superficial, é necessária, acreditarmos que o educar é levar a criança na direção da alegria, do contentamento.
Torna-se importante que os educadores acreditem nas responsabilidades no ensino e aprendizagem dos nossos educandos, busquem sempre inovar na Educação Infantil, em novas maneiras de ensinar através do lúdico, ou seja, do brincar. Possível conseguir assim uma educação de qualidade e que realmente possa ir ao encontro dos interesses e necessidades apresentadas pela nesta fase criança. Cabe ressaltar, que aplicar uma atividade lúdica antes de tudo, implica que o educador acredite e reconheça na mesma sua relevância, uma maneira de ser, de estar, de pensar e de encarar a escola infantil e a ludicidade, ampliar horizontes não somente da criança, mas sim de toda a uma comunidade escolar.
É preciso saber entrar no mundo da criança, no seu sonho, no seu jogo e, a partir daí, jogar com ela, para que somente então, possamos fazer do momento em questão algo real, pois se o adulto interage com a criança sabiamente a criança percebe o quão importante aquele momento. Faz-se necessário que ter diversidade de espaços lúdicos, na escola ou em sala de aula, se assim, houver espaço físico.
Proporcionando ao educando da educação infantil um ambiente mais alegre, espontâneo, criativo e prazeroso, entretanto, aos educadores infantis fica a responsabilidade de transformar o brincar em trabalho com espontâneo didático pedagógico para que experimentem como mediadores, o verdadeiro significado da aprendizagem com desejo e prazer.
A escola deve compreender que, por um determinado tempo da história pedagógica, foi um dos instrumentos da imobilização da vida, e que esse tempo já terminou. A evolução do próprio conceito de aprendizagem sugere que educar passe a facilitar a criatividade, no sentido de repor o ser humano em sua evolução histórica e abandonando de vez a idéia de que aprender significa a mesma coisa que acumular conhecimentos sobre fatos, dados e informações isoladas numa autêntica sobrecarga da memória. (BRASIL,1998, p.23)
Haja vista, a citação podemos então ter a certeza de que o educador é o facilitador do conhecimento através do lúdico, fazendo do momento interessante e instigante para a criança, para que o mesmo possa aprender e interagir com o que fora apresentado.
Sendo assim, é bom frisar o fascínio e interesse da criança enquanto educando, para que aconteça de maneira que aquilo que visualiza seja algo instigante, desafiador e não cansativo, havendo assim, um convite para um mergulho no “mundo lúdico” infantil.
Portanto o entusiasmo que a criança demonstra ao visualizar variedade cores, formas, tamanhos, ressaltando que todo o envolvimento pedagógico com o brincar oferece múltiplas opções visuais, cognitivas, físicas, motoras e psíquicas, pois a brincadeira é um processo de contínuo aprendizado e envolvimento, é relevante inserirmos a criança no contexto do lúdico. Para atingir esse fim, é preciso que os educadores repensem o conteúdo e a sua práxis pedagógica diária, substituindo a rigidez e a passividade pela vida, pela alegria, pelo entusiasmo de aprender, pela maneira de ver, pensar, compreender, construir e reconstruir o conhecimento.
De acordo com Almeida, (1995, p. 59):
A educação lúdica contribui e influencia na formação da criança, possibilitando um crescimento sadio, um enriquecimento permanente, integrando-se ao mais alto espírito democrático enquanto investe em uma produção séria do conhecimento. A sua prática exige a participação franca, criativa, livre, crítica, promovendo a interação social e tendo em vista o forte compromisso de transformação e modificação do meio.
Portanto, podemos dizer que a negação do lúdico ao educando não pode acontecer de maneira alguma, passando a ser um desrespeito, mas é importante que saibamos que mesmo para brincar temos que observar as idades, e aplicar a brincadeira de acordo com as mesmas.
2.3 O BRINCAR, O FAZ-DE-CONTA NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL
Quando recém nascido, o ser enquanto individuo é dependente por completo de um adulto, seu primeiro contato com o mundo externo é através das ações do chorar, sugar, mas isso tudo acontece puramente por reflexo chamado de instintivo.
A criança com mais ou menos um ano de idade, começa a imitar sons que ouve, criando assim condições para o uso funcional das palavras, nesta fase o pensamento torna-se verbal, ligando o pensar a linguagem (falar).
Segundo, Vygotsky (1994, p. 73) “(...) a fala constrói conceitos, reestruturando o pensamento da criança.” Portanto, a linguagem é o instrumento do pensamento, que possibilita o desenvolvimento das funções psicológicas superiores, mediado pelo sistema simbólico da fala.
A brincadeira é uma ação interna da criança sendo através dessa que ocorre o desenvolvimento da imaginação, fantasia, acontecendo a interpretação da realidade vivida, sem atitudes ilusórias ou mentirosas, ao usar o faz- de- conta, apresenta autonomia na sua representação, fala, atitude e gestos, é através dessa que a criança soluciona seu problema sem ocorrer a intervenção do adulto (educador, pais,etc.)
Brincar com amigos, pais, irmãos e outros, são tão importantes quanto o conversar. Brincando a criança usa de diálogos diversos não somente do oral, estando junto com o outro ela necessita trocar experiências dentro do limites e prazeres que a brincadeira propicia. Fazendo com que essa troca afetiva de valores se torne algo de relevante importância no contexto do desenvolvimento infantil através do universo do lúdico, reforçando o valor de uma consciência sadia, humanitária e solidária, sendo que se aprende e toma consciência desde pequeno “na primeira infância” passa a ser alguém que compartilha seus pertences, como brinquedos e materiais, assim como também convive em sociedade sem apresentar qualquer tipo de problema.
O brincar é uma atividade própria da criança, é universal; sendo a maneira pela qual entra em contato com outros indivíduos, onde ela vira personagem estabelecendo regras, das quais se vê responsável a cumpri-las, para representar a ação daquele momento, satisfazendo anseios, necessidades, superando ou manifestando ou superando angustias, medos, alegrias e frustrações, enfim no meio em que vive, passando a ser instrumento para a construção do conhecimento.
A brincadeira é uma linguagem relevante e intransferível na idade infantil, implicando no brincar domínio da linguagem simbólica, mas é necessário que haja consciência em discernir a realidade imediata da brincadeira. Sendo assim, para brincar se fazem necessário apropriar-se de elementos da realidade imediata de maneira a atribuir-lhes novos significados, ocorrendo assim, imitação da realidade. “Toda a brincadeira é uma imitação transformada, no plano das emoções e das ideias, de uma realidade anteriormente vivenciada.” (BRASIL, 2002, p.27)
O ingresso da criança no mundo do faz- de- conta passa a ser uma nova fase diante da capacidade de lidar com a sua realidade cotidiana, através da simbologia e representaçoes. Usando o brinquedo a criança satisfaz suas curiosidades, passando a traduzir e compreender o mundo do adulto para a demissão das suas possibilidades e necessidades, a fantasia e a imaginação são primordiais para que a criança compreenda mais tarde a relação interpessoal.
No faz- de- conta, é possível ver que a criança age em função da imagem de uma pessoa, personagem, objeto ou situações não presentes no momento, mas que lhes fazem sentir emoções, boas ou ruins e com significados vivenciados em outras oportunidades. Quando a criança vivencia esse momento de faz- de- conta, reage como se fosse uma realidade presente, enriquecendo sua identidade, pois experimentam formas de pensar e ser, ao desempenhar vários personagens.
É possível dizermos que: a essência da brincadeira é a criação de uma nova relação entre o campo do significado e o da percepção visual. As duas funções básicas da linguagem de intercambio social e de pensamento generalizante possibilitam o salto qualitativo para o desenvolvimento da brincadeira. A criança vai abandonando o campo perceptivo imediato e vai ingressando no campo dos significados.
Vygotsky (1984, p.82) atribui relevante papel ao ato de brincar para constituição do pensamento infantil. É brincando, jogando, que a criança revela seu estado cognitivo, visual, auditivo, tátil, motor, seu modo de aprender e entrar em uma relação cognitiva com o mundo de eventos, pessoas, coisas e símbolos:
(...) a brincadeira cria para as crianças uma zona de desenvolvimento proximal que não é outra coisa senão a distância entre o nível atual de desenvolvimento, determinado pela capacidade de resolver independentemente um problema, e o nível atual de desenvolvimento potencial, determinado através da resolução de um problema sob a orientação de um adulto ou com a colaboração de um companheiro mais capaz. Por meio das atividades lúdicas” (VYGOTSKY , 1995, p. 24)
É de extrema importância não somente para os educadores, educandos ou escola, mas também a família, a comunidade escolar, se dêem a oportunidade de poder discutir quais os benefícios que o brincar na Educação Infantil pode trazer para criança, a importância da escolha da brincadeira lúdica adequada num processo de médio e ou longo prazo, que podendo desenvolver pontos positivos e de crescimento para a criança já na “primeira Infância”, sendo que após essa fase tudo se torna mais complicado.
O brincar deve ser abordado como um mecanismo para contrapor à racionalidade, a emoção do brincar deverá estar junta na ação humana; de acordo com o sociológico, o brincar tem sido visto como a forma mais pura de inserção da criança na sociedade. Brincando, a criança vai assimilando crenças, costumes, regras, leis e hábitos do meio em que vive, já quanto ao psicológico, o brincar estão presentes em todo o desenvolvimento da criança nas diferentes maneiras de modificação de seu comportamento, de acordo com a criatividade, tanto o ato de brincar como os atos criativos estão centrados na busca do “Eu” (ser humano - indivíduo singular). É no brincar que se pode ser criativo, expandir e explorar ideias, atitudes e pensamentos, sem deixar de fora o pedagógico diz que: o brincar tem-se revelado como uma estratégia poderosa para a criança aprender.
Portanto, a partir do que foi mencionados sobre o brincar, nos mais diferentes enfoques, podemos perceber que ele está presente em todas as dimensões da existência do ser humano e, muito especialmente, na vida da criança e de maneira alguma enquanto educador na fase da Educação Infantil não poderemos jamais “podar” o ato de brincar da criança, seja esse acontecido tanto no grupo quanto individual, pois “brincar é viver”, a criança aprende a brincar brincando e consequentemente brinca aprendendo.
É importante que saibamos o quão beneficente para a criança são as atividades lúdicas, sendo que, através destas podem-se reproduzir muitas situações vividas no cotidiano da criança, as quais, pela imaginação e pelo faz-de-conta, são relembradas e reelaboradas. É possível constatarmos dentro da Educação Infantil contribuições acontecidas através das atividades lúdicas, levando ao desenvolvimento global da criança. Existem momentos dentro do brincar em que a criança, interpreta sua vivencia familiar através de gestos, objetos e fala, podendo esse fazer com que o educador conheça seu educando, se assim estiver imbuído no brincar da criança.
É necessário que as creches e escolas de Educação Infantil propiciem aos seus educandos ambientes ricos em atividades lúdicas didáticas pedagógicas, sendo que a criança na sua maioria passa grande parte do seu tempo diário dentro das instituições que atendem nas idades de zero a seis anos de idade, creches ou escolas de Educação Infantil, permitindo assim que as mesmas vivam, sonhem, criem e aprendam a se conhecerem ou reconhecerem como crianças, ser humano, indivíduo singular diante de suas especificidades, habilidades, conflitos, etc.
O lúdico proporciona um desenvolvimento sadio e harmonioso, sendo uma tendência instintiva da criança é acreditar naquilo que interpreta, ou seja, reproduz.
O lúdico, o brincar estimula a sensibilidade visual e auditiva, valoriza a si e ao outro enquanto conviventes em um mesmo ambiente, desenvolve habilidades motoras, diminui a agressividade, exercita a imaginação e a criatividade, aprimora a inteligência emocional, aumenta a integração social, promovendo, assim, o crescimento mental.
Precisamos conhecer e entender a diversidade da imaginação infantil, assim poderá se perceber que o lúdico que é elaborado, construído pela criança faz-se representar o seu mundo de anseios, necessidades e ou constrangimentos que se desenvolverão, construindo e adaptando a sua personalidade. A infância é, portanto, um período de diversidades, aprendizagens necessárias à idade adulta. É nesse momento que a brincadeira se torna uma oportunidade de afirmação do seu verdadeiro “EU”.
Ao definir papéis a ser representada, a criança esta demonstrando ter autonomia e que é possível conviver com as diferenças e os diferentes, o brincar neste momento funciona como agente de socialização e o adulto tem por função criar condições para que as crianças brinquem.
Sendo assim, pode-se dizer que a criança necessita e tem o direito de brincar, devendo ser prioridade na sua vida podendo ser ela mesma, construindo seus conhecimentos, suas emoções, entendendo o mundo que chega até ela. Para que isso aconteça a criança conta com o auxílio e observação do adulto, quando em idade escolar, ou seja, na Educação Infantil, o educador deve ser o mediador entre o brincar e a criança, assegurando aos pequenos a sobrevivência dos sonhos e promovendo uma construção de conhecimentos vinculados ao prazer de viver.
Ainda na atualidade há quem pense que o brincar é algo que não precisasse fazer parte da rotina infantil, pois seria através dela que a criança passe a ser indisciplinada. Mas é através da rotina diária das escolas que principalmente os educadores se rendem e reconhecem que a brincadeira muito pode ensinar, para isso, se faz necessária a observação e a correta interpretação do ato lúdico pelo adulto (educador), podendo esse ser ferramenta pedagógica valiosa para entender a cada um dos seus educandos, alem de poder diversificar informações, sem privar a infância das brincadeiras que julga-se perdidas no tempo em meio ao progresso tecnológico, por agregarem aspectos lúdicos a comodidade, agradando a essência inocente da criança.
Podemos observar que todo o desenvolvimento na primeira infância está intrinsecamente ligado ao lúdico, fazendo necessária que a atividade esteja diretamente ligada à vida criança, principalmente nas idades da Educação infantil. Sendo que, nesta fase quanto maior o contato com diversos tipos de brinquedos, materiais e ou brincadeiras melhor será o desenvolvimento, sendo através da repetição diária do brincar, está se exercitando a concentração, além do desenvolvimento ativo e gradual da fala, cognitivo e motor amplo.
É importante que o educador previamente organize um espaço adequado, com coerência e entendimento das idades, suas habilidades e ou dificuldades visando sempre que essas sejam sempre que possível superadas, mas jamais cobradas de maneira direta da criança, o adulto deve apresentar sutileza ao apresentar as brincadeiras em questão ser observador e participativo. Para tanto, a realização cotidiana desses momentos é necessário apresentar ao educando um mundo de fantasia, faz- de- conta, podendo-se utilizar diversidades de materiais, os quais se fazem presentes no dia a dia da vida escolar da criança: brincar de esconder, superar obstáculos rotineiros (subir e descer escadas), circuitos, fantasiar-se, casinha, jogos com bola, corda, pátio de areia, música, dança, etc, propiciando e dando liberdade de escolha a criança, que façam atividades sozinhos ou em grupos, oportunizando o criar e o recriar outras brincadeiras ou brinquedos.
Após o término da brincadeira é conveniente que as crianças façam parte da organização do ambiente, contando sempre com o auxilio do educador, também podendo promover neste momento conversações sobre o que foi brincado, por exemplo, lembrar dos personagens representados, materiais que foram usados, tema da brincadeira, etc. É imprescindível que o educador tome o lugar de mediador e observador, sabendo o momento certo de interfer sempre que necessário.
3 O BRINCAR
3.1 PIAGET, A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR INFANTIL
De acordo com Piaget (1971, p. 38),
(...) quando brinca a criança assimila o mundo a sua maneira, sem compromisso com a realidade, pois sua interação com o objeto não depende da natureza deste, mas da função que a criança lhe atribui, é o que ele chama de jogo simbólico, onde inicialmente se apresenta solitário evoluindo para representações de papéis, como o brincar de médico, casinha, professora, etc.
Sendo assim, pressupõe-se que no decorrer do desenvolvimento infantil surgem diversas maneiras de brincar, da mesma forma que a criança adquire habilidades para, falar, correr, andar, de maneira repetitiva na práxis consegue-se realizar atividades cada vez mais complexas.
Piaget diz que a atividade lúdica do ser socializado está presente nos jogos de regras. A criança perde aos poucos o egocentrismo inicial que vai sendo substituída por um cooperativismo tornado sua atividade mais socializada.
Com o brinquedo a criança tem a possibilidade de interagir, constituindo nas coletivas noções básicas que ajudam a ampliar sua capacidade de socializar, interagir, comunicar, ocupar seu espaço e entender relações.
É necessário que debatermos sobre todas as características do brincar e por conseqüência dos brinquedos, para que possamos entender suas reais funções junto à construção do conhecimento adquirido e da personalidade da criança. Ao atuar com a criança nas idades da sua primeira infância, verificamos como ela a necessidade de satisfazer os seus mais íntimos desejos de maneira breve, mas com tudo é possível saber que no período da infância não há grande diversidade na quantidade de tendências e desejos, tidos como impossíveis de realizá-los brevemente. Daí a importância de inventar novos brinquedos e brincadeiras para possibilitar à criança a experimentação de tendências irrealizáveis.
Nesta visão o adulto enquanto educador, tem seu papel fundamental no auxilio do educando, ofertando situações de brincadeiras, essas acontecendo de maneiras diversas propiciando a criança quanto a escolha do tema, objetos, e parceiros com os quais se identifiquem, para assim elaborarem de maneira pessoal e independente suas emoções, sensações, sentimentos, conhecimentos e desejos. As brincadeiras não foram feitas para aprender, mas, contudo, permitir que a criança adquira conhecimentos e aprenda por meio destas.
3.2 VYGOTSKY, A BRINCADEIRA E O DESENVOLVIMENTO INFANTIL
É Importante que saibamos que para o desenvolvimento do conhecimento da criança, o brincar com um “toco” de madeira como se fosse um carrinho, por exemplo, ela se relaciona com o significado em questão, ou seja, aquilo que ela vê e não com objeto concreto que tem nas mãos. O pequeno pedaço de madeira é tido como uma representação de uma realidade ausente e ajuda a criança a separar objeto e significado, a sua maneira. É através do brinquedo e da brincadeira que a criança da inicio a construção do seu mundo próprio e real, usando situações imaginárias para tal. Independe do que vê ou manuseie o significado que da é seu, não devendo ser contrariado, assim se fazendo capaz e independente, fazendo com que o objeto perca sua força determinadora.
Vygotsky (1995) teve por defesa a idéia de que o jogo imaginário não é simplesmente uma simples recordação do já foi vivido. A cada momento de criação da criança, tem-se como uma nova realidade necessária, abandonando a idéia de algo fútil, passando à essencial.
A criança, o ser humano, aprende, adquire conhecimentos, fomento quando é exposto a diferentes desafios, estímulos no decorrer do processo de assimilação do conhecimento, acontecendo a educação de maneira natural.
De acordo com Vygotsky (1995), a fonte da atividade lúdica é a mesma da ação criadora, que reside sempre na inadaptação fonte de necessidades, anseios e desejos. Na origem do jogo entrelaçam-se momentos de tensão na criança, pelo fator desta experimentar necessidades que não podem ser satisfeitas pela sua tendência imediatista na busca da sua satisfação diante das próprias necessidades e desejos, e, também pela diminuição da sua capacidade de esquecer a insatisfação de outras necessidades.
Neste período a criança vai dando lugar no campo perceptivo imediato e aos poucos ingressa no campo dos significados.
4 O BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL
4.1 A BRINCADEIRA NA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO
A brincadeira deve fazer parte do cotidiano de qualquer criança, onde independe o local em que vive escolar e ou familiar, dos recursos disponíveis o essencial é que toda a criança brinque.
Dentro desta perspectiva tomamos o referencial ideias de autores, estudiosos, que relacionam o brinquedo com o desenvolvimento infantil, dando mais ênfase para os teóricos Jean Piaget e Levi S. Vygotsky.
Há tempos atrás colocávamos o ato de brincar da criança como um momento nada importante, já hoje se tem uma visão que difere da anterior, isso graças a estudiosos que se debruçaram em pesquisar para compreender a real importância desse momento para a criança
Segundo Levi S. Vygotsky, (1991, p.27) “(...) a ludicidade na sala de aula apresenta-se como uma alternativa para repensar as relações de ensino- aprendizagem e com os conteúdos escolares como uma nova ordem pedagógica onde aprendizagem pelo brincar inclui lidar com os limites ultrapassados e exigidos.”
Portanto, o lúdico no brincar é fundamental para o desenvolvimento da identidade, personalidade e autonomia da criança, levando a mesma a pensar, interpretar, refletir e assim compreender aquilo que necessita para si.
É no período da primeira infância, neste caso na Educação Infantil, que se tem o momento mais importante no processo do desenvolvimento geral do ser humano, sendo a partir desta etapa que a criança constrói e adquire seus conhecimentos através das interações estabelecidas, sendo essa uma forma bastante prazerosa de aprender consigo com o outros, enfim com o meio em que vive.
Para Oliveira (1994, p. 46)
(...) a vinculação do cuidar e educar crianças menores de seis anos implica o resgate da intencionalidade educativa nelas contida. A não fragmentação do conhecimento e, mais que isso, sua apropriação e articulação no grupo, portanto as crianças somente serão garantidas, mediante a presença e a integração dos diferentes, tipos de integrações discutidas, no presente texto, sendo as de cunho pedagógico a próxima meta a ser explicitada assumida na Educação Infantil, visto que já o são nas aspas e entrelinhas.
Portanto, para que isso aconteça o educador tem em seu papel grande responsabilidade, devendo ofertar aos seus educandos liberdade para criar, envolve-se sem que ocorra controle sobre suas fantasias, movimentações e criações.
É no brincar que a criança aprende a conhecer-se, assim como aqueles que estão a sua volta, tanto na escola quanto em casa, reforçando que a comunicação acontece nesta fase através da brincadeira, seja ela, criança- criança e ou criança- adulto.
Uma das qualidades mais importantes da brincadeira, do jogo e do brinquedo é a confiança que a criança adquire quanto a própria capacidade de encontrar soluções. Com essa confiança, as mesmas podem chegar as suas próprias conclusões de maneira a mostrar sua autonomia. A criança aprende através do modo intuitivo. A partir do brincar ela constrói conhecimentos de acordo com os papéis que representam na brincadeira, ampliam possibilidades de movimento, enriquecem seu conhecimento cultural e desenvolvem aspectos psicológicos. Brincar é algo muito sério e tem que ser visto como tal, não somente na escola, mas em casa pela família também.
4.2 A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR AO ENSINAR E APRENDER
Durante a práxis diária, o educador deve ser um profissional reflexivo, atento a diversidade e pluralidade dos seus educandos, colocando nas atividades propostas motivações que leve a criança a querer mais.
Quando a criança brinca, ela mergulha em sua atividade lúdica, organizando todo o seu ser em função da sua ação momentânea. O interesse provoca na criança um fenômeno em que se reúnem potencialidades num exercício prazeroso e mágico, sendo que quanto mais a criança “mergulha” mais estará exercitando sua capacidade de aprender pelo sentir, participar e interagir, sem ser pressionada a obter resultados, assim a criança estará aprendendo a engajar- se seriamente, gratuitamente, pelo simples prazer de participar da atividade.
É importante constatar que sem brincar a criança não vive, é na infância que se deve dar prioridade a forma pela qual a criança realmente começa a aprender. Pois e através da brincadeira que a criança passa a ser espontânea, desperta sua criatividade e interage, age e reage com o seu mundo interior e exterior. Toda a brincadeira deve ser percebida como uma ponte, a qual passa a fazer a ligação entre o ensino e a aprendizagem, o crescimento e o desenvolvimento, não esquecendo que a brincadeira deve ser precedida de desafios que leve a criança a explorar sua inteligência, física e mental, proporcionando assim avanço real e significativo a sua capacidade cognitiva, pois é através da brincadeira que a criança se apropria do mundo que a cerca, o real.
Quando se trabalha com a criança propiciando o brincar com significado, faz-se com que a mesma acredite que a brincadeira é essencial para o crescimento e desenvolvimento, fazendo com que não somente o adulto conheça o seu educando, mas deixando com que a criança se conheça, passando a compreender suas mais diversas atitudes, assim como ao outro que convive diariamente dentro da escola. No momento da brincadeira a criança consegue ir além do seu comportamento habitual, é nesta atividade que a criança supera os limites da manipulação, indo além dos objetivos propostos.
No ato de brincar, os sinais, os gestos e os espaços valem e significam outra coisa daquilo que aparentam ser. Ao brincar as crianças recriam e repensam os acontecimentos que lhes deram origem, sabendo que estão brincando. ( Brasil, 2002, p. 27)
Brincando a criança propicia o aprender, adquire noção de novos conceitos adquirem informações desenvolvendo uma infância bem mais feliz, alem de futuramente tornarem-se um adulto muito mais equilibrado, físico e emocional. Conseguindo assim superar ou amenizar com mais facilidade seus problemas.
Se dada a chance a criança de criar suas brincadeiras, as mesmas têm a chance de dar vazão e acionar seus pensamentos decidindo o que a eles é tido por importante e significativo. Deste modo, através da brincadeira lhe é propiciado um espaço no qual a criança passa a experimentar o mundo e consequentemente internalizar sua própria compreensão sobre aqueles a sua volta, seus sentimentos e os mais diversos conhecimentos.
Precisamos enquanto educadores, termos a consciência que o educando, ou seja, a criança necessita de estabilidade emocional para envolver-se com verdade no processo ensino e aprendizagem, o afeto e a ludicidade são meios estimuladores e enriquecedores para se atingir uma totalidade no decorrer do processo do aprender com significado.
Assim cabe ao educador infantil construir e apresentar ações que envolvam os interessados em variados tipos de atividades com significado, valorizando sempre o que é trazido pela criança, servindo de base para experiências posteriores, sendo assim, o educador tem por em prática atividades lúdicas e motoras amplas, prazerosas previamente bem planejadas adequadas as características e idades a que atende.
É relevante compreendermos que o lúdico, em suas diversas opções, sendo no caso, o brincar, deva acontecer com qualidade, é com significado para a criança, passando através de então compreender e construir seus conhecimentos tornando-se cidadão consciente e apto a compreender melhor o “mundo” a sua volta, e que exige diferentes conhecimentos e habilidades. Sua contribuição também atenta para a formação de cidadãos autônomos, capazes de pensar por conta própria, críticos, sabendo resolver e aceitar problemas e ou conflitos.
Percebamos que temos de buscar novas maneiras de ensinar por meio do lúdico, pois assim tendemos a conseguir emplacar com uma educação de qualidade real. Temos de lutar sim, pelo interesse e melhor desenvolvimento da criança, mas temos de ter a consciência de que enquanto, educador infantil, somos responsáveis pelo ensino e aprendizagem na Educação Infantil, temos de conseguir ir ao encontro dos interesses e necessidades da criança, pura e simplesmente, mas de maneira alguma devemos esquecer que somos educadores e que um dia fomos educandos, e necessitávamos de compreensão, afetividade, criatividade e responsabilidade em saber até onde podemos ir muitas vezes a criança expressa sentimentos esquecidos, ou melhor, escondidos dentro de si através da brincadeira.
Cabe então, ressaltar que uma atitude lúdica não é somente a somatória de atividades, antes de tudo, uma maneira de ser, de estar, de pensar, bem como de relacionar-se com os educandos. É preciso saber entrar no mundo da criança, no seu sonho, na sua fantasia, na sua história. Quanto mais contato lúdico proporcionarmos, mais alegre, espontânea, criativa, autônoma e afetiva ela será. De acordo com Referencial Curricular da Educação Infantil (1998, p.23)
Na atualidade, acontecem “falsas” brincadeiras eletrônicas as quais se propicia a criança, é visto tentativas de mudanças nos padrões considerados ultrapassados, os quais são ofertados a criança em relação ao ato do brincar, não somente em casa, mas também no cotidiano escolar propicia-se cada vez menos tempo, o contato com a brincadeira, ou seja, a verdadeira ludicidade, a fantasia, a criatividade.
É percebido que os brinquedos industrializados estão tomando conta da vida infantil, sendo os principais, o computador e a televisão apresentam-se como mais importantes do que as brincadeiras baseadas na criatividade, fantasia e nas interações e socializações, com isso, podemos perceber o precoce amadurecimento infantil, sendo que, daqui a algum tempo nos daremos conta que a infância das nossas crianças e se foi e não participamos desse crescimento, não nos fizemos presentes, pois delegamos a máquinas a função de desenvolver o cognitivo dos nossos filhos e consequentemente nossos educandos.
5. EDUCADOR, ESCOLA E FAMILIA
5.1 A FORMAÇÃO LÚDICA
É tido como cultura, mesmice a falta de interesse em trabalhar o lúdico de maneira didática pedagógica, visando total aproveitamento, sendo que sempre deixamos o prazer das brincadeiras para o final do dia ou para o dia do brinquedo, ou seja, sexta-feira. Seria muito gratificante se pudéssemos experimentar o brincar como forma de complementar ou ate mesmo uma atividade, pois isto traria outro clima para as escolas de Educação Infantil.
Na educação lúdica, o educador tem a postura diferente daquela que é tradicional e autoritária e sim num processo baseado na liberdade, a educação é vivida como uma aventura não apenas para a criança, mas também para o educador, pois ambos são aprendentes e ensinantes.
A metodologia de trabalho baseada no lúdico deve ter por prioridade levar em conta o respeito pelo interesse da criança, o estimulo a atividade espontânea, sem cobranças e pressões favorecendo um clima de liberdade e criatividade.
O lúdico abre possibilidades, levando à criança a integração, as descobertas e vai de encontro si próprio e com os outros.
A ludicidade a qual se apresenta na forma de jogos, brinquedos, brincadeiras, deve estar obrigatoriamente presente na Educação Infantil, de maneira alguma pode ser vista como uma atividade extra, sendo que, a brincadeira é com certeza um dos estímulos mais importantes para todo o desenvolvimento físico e mental na infância.
O lúdico quando bem aplicado leva o cérebro a produzir intensa atividade marcada no decorrer pelo sentimento de prazer e satisfação, facilitando assim o aprendizado verdadeiro. Ao brincar a criança propicia seu prévio preparo para sua vida adulta, é na ludicidade que a mesma aprende com tudo que esta a sua volta.
Segundo MALUF, (2003, P. 29): “O professor é quem cria oportunidade para que o brincar aconteça de maneira sempre educativa. Devemos procurar inovar para não deixar que nossas aulas sejam cansativas e caiam na mesmice”.
Portanto o educador deve correntemente procurar novas estratégias que se adéquem as necessidades e interesses dos seus educandos, o que levara a criança a aprender brincando possibilitando assim a construção do seu conhecimento. A inclusão da ludicidade, da brincadeira como instrumento essencial abre caminhos para entendermos que o lúdico contribui significativamente para presentes e futuras transformações do cotidiano escolar, passando a ser um espaço onde o educador terá prazer em ensinar e o educando satisfação em aprender.
Enquanto educadoras precisamos ver no lúdico o início, meio e fim para desenvolvimento do da criança no período da Educação Infantil, apostando nas suas possibilidades de integração, de descoberta, de encontro, consigo e com os outros. O lúdico é o que faz a diferença, não somente deve ser visto com a recompensa, que premia que consola todo aquele que agiu como exigido, “corretamente”.
Enquanto educadores (as) precisamos nos envolver e propiciar formas diferentes e consequentemente atraentes para que aconteçam intervenções incentivadoras, e as mesmas possam ser propostas as crianças, possibilitando assim o início do desenvolvimento das brincadeiras, visando diversas direções: importante que o momento seja visto como incitações e nunca obrigações, sempre cabendo a criança valorizar e desenvolver à proposta do educador, fazendo com que ela relacione a fala do educador com a atividade, devendo respeitar o desejo da criança dando o direito de ela própria decidir se quer brincar ou não.
Muitas vezes pensamos estar muito à frente no discurso que envolve o brincar, temos ciência do que significa para a criança e suas amplas possibilidades nas para a educação.
É importante que um jogo não seja visto apenas com intuito de ensinar, como por exemplo, simplesmente as cores, não esquecendo outras prioridades talvez bem mais importantes, como: favorecer as relações sociais, de suscitar medo e alegria, de desafiar o grupo e o individuo.
Sempre que utilizarmos uma brincadeira ou um brinquedo a uma função didática, é importante que tenhamos o cuidado de levar o lúdico a sério, na sua essência; do aprender com prazer.
Sendo educadores, precisamos ter a clareza de que o brincar não vem com manual de instruções, e que também não tem poderes mágicos. A partir do planejamento do educador, é necessário que seja cativante, instigante passando as ser mais interessante para as crianças deixando de ser uma simples brincadeira; o aprender pode ser um momento rico e prazeroso.
A infância integra os adultos que somos hoje, não é coisa do passado. Então, buscar o brincar e a infância e estar com o adulto de hoje e não com a criança de ontem.
As brincadeiras infantis ajudam no desenvolvimento do cérebro, porque a inteligência se desenvolve a partir da interação da criança com outro ambiente, com outras crianças e outras pessoas e não apenas como resultado da carga genética que os pais transmitem aos filhos. Por esta razão ate os intervalos escolares, recreios, desempenham um papel muito importante no desenvolvimento da criança. Ali, inventam suas próprias brincadeiras, divertem-se e estão ajudando na conexão dos neurônios. Brincando a criança aprende o que ninguém pode ensinar. (BELTRAN, 2001, P. 26)
Se formos educadores atentos e sensíveis, através da observação nos momentos das brincadeiras veremos os mais diversos caminhos que essas possibilitam, como, o conhecer-se, o adquirir novos conhecimentos esse não somente para a criança, mas também do adulto. Brincando a criança aprende a com o mundo e auxilia na formação da sua personalidade, recriando situações das suas vivências e passa a experimentar e relatar novas e também as já vividas situações.
É nesse momento que o educador tem a possibilidade de analisar o contexto sócio cultural em que vive a criança, usando a observação, temos a possibilidade de perceber claramente que a criança imita os adultos do seu convívio, assim como; suas atitudes e falas, principalmente pai, mãe e a sua professora.
Saibamos que, enquanto instituição escola e educadores, não podemos fazer do cotidiano escolar da criança algo “maçante”, em que a atividade lúdica espontânea ou dirigida tenha espaço e tempo limitado, imaginado que a mesma não surtirá efeito produtivo, temos que ter consciência de que se assim agirmos estaremos privando as crianças um dos seus direitos básicos.
Para tanto, no plano das ideias a importância do brincar tem que ser tida como consenso, colocando a brincadeira dentro do cotidiano, da escola, da criança, do educador.
É inadmissível que enquanto educador esse seja privado de uma formação, qualificação que lhe permita também experimentar, descobrir, conhecer as possibilidades positiva para si própria, na perspectiva de que esta seja uma experiência transformadora que contribua para a construção e entendimento de outra concepção do lúdico e para uma intervenção de melhor qualidade junto aos seus educandos, independentemente da idade que eles as tenham.
Precisamos ter a ciência de que enquanto educadores das nossas responsabilidades, na vida didática, lúdica, pedagógica, e educacional da criança, delineando para um bom trabalho com três funções: a de “observador” quando o educador procura intervir o mínimo possível na ação da criança, mas sempre procurando garantir a segurança e o direito de liberdade do educando; “catalisador” em conjunto com a observação desvendar desejos e necessidades implicados na brincadeira; “participante ativo” deve atuar como mediador diante das relações estabelecidas e que por ventura venham a surgir, acontecendo então o desenvolvimento saudável e prazeroso das crianças.
Mesmo que a práxis não acompanhe a evolução do discurso, ainda que o brincar aconteça no tempo que sobra, entre as tidas como “atividades produtivas”, a menção da mudança do discurso sinaliza o desejo de outra prática, que precisa ser colocada em lugar e tempo real. Valorizar a brincadeira não e apenas permitir que ela aconteça. E para que isto seja algo concreto, precisamos perceber o brincar como ato de descoberta, de valorização, de criação.
Brincadeira favorece a auto-estima das crianças, auxiliando a superar progressivamente suas aquisições de forma criativa. Brincar contribui assim, para a interiorização de determinados modelos do adulto, no âmbito de grupos sociais diversos. Essas significações atribuídas ao brincar transformam- no em um espaço singular de constituição infantil. (BRASIL, 2002, p. 27)
O lúdico deve ser parceiro do educador, pois é através deste que a criança desenvolve a motricidade, a atenção e a imaginação, sendo essenciais no processo de formação do ser humano. Dar liberdade para que a criança brinque, pode ser difícil para o adulto, pois muitas vezes, quando é oportunizada a formação ao adulto, somente se dão a chance de brincar quando entram no mundo da fantasia, do faz- de- conta, agindo assim como crianças.
O educador infantil, que não gosta de brincar nunca ira ou terá dificuldades ao observar seus educandos vivenciando práticas lúdicas, não reconhecendo, também seu valor na vida da criança.
A ludicidade pode-se dizer e acreditar que vem conquistando diferentes espaços sociais, estudiosos destacam o brincar como papel decisivo dentro do processo de desenvolvimento humano, o lúdico é uma ferramenta preciosa no processo educacional das crianças, desde que respeitando seu real significado.
É preciso que educadores tenham oportunidades de formação onde possam conhecer e ou reconhecer o mundo da ludicidade e a dêem seu devido valor, sabendo então como atuar a partir de então de forma didática lúdica educativa com eficiência.
Todo educador na Educação infantil precisa estar lado a lado com o lúdico, ter a ludicidade como instrumento para o ensino e aprendizagem do educando, é necessário que o profissional goste de brincar, demonstrando interesse pelos brinquedos e brincadeiras da criança. Se o educador não souber, não se interessar em brincar ou não gostar de fazê-lo, dificilmente terá um olhar sensível, para a pratica da criança, assim ficando bem mais difícil reconhecer o real valor das brincadeiras na vida e no aprendizado da criança.
Vemos que dentro ou fora do espaço escolar a criança tem no seu(s) educador(s), exemplos, acreditando e imitando os mesmos, por isso este ate pode não gostar de certas atividades didáticas educativas, mas de maneira alguma ele deve deixar transparecer isso para os seus educandos.
É importante que o educador tenha na sua formação didática educacional, a ideia de que o brincar é maneira eficaz e pode levar o aprendiz a intervir junto ao seu educador e outros, contribuindo e lançando propostas desafiadoras ao mesmo. Para tanto, o lúdico tem de ser um espaço de estar com as crianças e também com o adulto brincante.
Faz-se relevante que a formação oferecida ao educador propicie profundo conhecimento, amplie o repertório de brinquedos e brincadeiras e evidencie quão a ludicidade na vida do adulto- educador é essencial para o ensino e aprendizagem da criança.
O educador deve estar preparado, esse necessita de competência, alegria profissional, entusiasmo, criatividade e se dispor a estar aberto para as relações humanas, sendo assim a educação lúdica podem e deveram ser nas mãos desse profissional um instrumento único para a realização de uma práxis desafiadora e deveras inovadora.
Na educação lúdica a postura do adulto educador deve ser diferente da tradicional, rígida e autoritária, esse processo deve transcorrer com base na liberdade, vivendo a educação como uma aventura com significado, não apenas para a criança, mas também para o educador, pois ambos são ensinam e são aprendizes.
Impossível esgotar a riqueza de contribuições que a ludicidade pode trazer para o desenvolvimento humano de seres pequenos, jovens ou adultos: rir, aceitar limites, organizar uma tarefa, concentrar, disputar, estar atento, sentir frio na barriga, raciocinar, pensar, gargalhar, competir com os outros e consigo próprio, ser curioso, ter prazer, cooperar, descobrir-se na relação com os outros, ser ágil, surpreender-se com a atitude do outro, emocionar-se, entre outros.
Brincar, portanto, é preciso, relevante e essencial! Devemos considerar esse momento o melhor ensaio para a vida futura de nossas crianças, pois muitas vezes lhes será propiciado que representem papéis semelhantes aqueles que desempenharam durante o brincar na infância, mas terão a percepção de distinguir a diferença entre o brincar infantil e as conseqüências que terão na vida adulta.
5.2 A ESCOLA, EDUCADORES E FAMILIA
Nem sempre as escolas dispõem de espaços adequados, tanto no que se refere ao físico dimensional, à luminosidade, o mobiliário e até mesmo a higiene e condições que propicie segurança ao educando, e realização da atividade a ser proposta.
Sendo a escola o motor das novas conquistas, ela deve motivar a atenção das crianças através de atividades que venham a condizer com o nível de conhecimento de cada um, assim como, do grupo de crianças, utilizando materiais concretos propiciando a interação dos educandos com esses materiais, permitindo que a mesma organize seu real desenvolvimento lógico, sua atenção e sua capacidade de abstração. Daí percebe-se o quão valoroso a intervenção o auxílio e a observação do profissional da educação.
É importante que saibamos ouvir os adultos que contam como foi sua infância, pois relatos de experiência só tendem a acrescentar e através de então abrimos espaço para a mudança.
Podemos perceber que ainda existe a mentalidade erronia de que a criança não necessita do brincar para desenvolver-se, sendo que, muitos pensam que a criança não entende de não sabe brincar e que as EMEIS(colocar em nota de rodapé o significado) e seus profissionais, tem sim é que cuidar da criança para que não fiquem doente, não passe fome, não se machuque.
Essas mesmas pessoas esquecem-se não se interessam em buscar informações e principalmente participar da vida dos filhos, para conhecer o ambiente que na maioria das vezes fica em tempo integral, a necessidade do filho passa a ficar em segundo plano.
Seria tão bom se a família desse a chance de estar mais tempo com a criança, pois um pouquinho brincando com seu filho só trariam benefícios.
Assim como a família, existem também instituições e por conseqüência seus profissionais, que tem no brincar muitas vezes desvalorizado em relação a outras atividades, as quais são consideradas bem mais produtivas. Sendo assim, a brincadeira acaba ocupando o tempo vago, valorizar a brincadeira não e apenas permiti-la, que ela aconteça.
Prática e a teoria do real valor do brincar têm feito surgir, especialmente na Educação Infantil, um entendimento pedagógico que faz da brincadeira um de seus conteúdos, de seus caminhos e tendo uma finalidade para acontecer, a ideia de ensino e aprendizagem natural e espontânea através do brincar.
A brincadeira na Educação Infantil e suas fases: brincadeira pedagógica: uso de brinquedos e jogos para favorecer aprendizagens; recreação: dinâmicas criadas para ensinar brincadeiras, sem que novas relações e significados possam emergir desses momentos; brincadeira livre: momentos em que as crianças brincam sem interferência e também sem mediação alguma das professoras; brincadeiras dirigidas: maneiras “certas” de brincar.
Hoje somos adultos, mas precisamos reconhecer que já fomos criança, e o brincar ainda está inserido em nossa memória e com certeza esse tempo que já vivemos foi muito importante, como nó mesmos dizemos: “Tempo que não voltará jamais.” Saibamos então, respeitar o tempo das nossas crianças, dando-lhe liberdade para que esse momento seja prazeroso e sempre que possível havendo a interação entre o adulto e a criança, educando e educador.
5.3 BRINQUEDOTECA
Devemos ficar atentos para o trabalho, as atividades a serem desenvolvida na brinquedoteca é tido como sutil e muitas vezes pouco visível, o que contribui para certa insegurança quanto a sua importância.
O profissional que se propõem a trabalhar em uma brinquedoteca e colocá-la em funcionamento tem que estar seguro do que realmente pode ser desenvolvido naquele espaço. A brinquedoteca em funcionamento numa creche ou escola tende a contribuir para a formação de um olhar mais sensível para a ação criança.
Portanto o, é necessário considerar: A atuação não se define apenas pela ação de favorecer a brincadeira, a interação com os brinquedos, mas por uma representação particular do lúdico que sustentam todas as práticas e que remete a gratuidade e a liberdade próprias do ato de brincar; as pessoas que trabalham nesses locais devem ser capacitadas, com intuito de apresentar, explicar e mediar a participação nos jogos e brincadeiras; a atuação se caracteriza e se particulariza também por uma presença e por uma forma de se relacionar dinâmica e aberta, que tem como objetivo o desenvolvimento da atividade lúdica e, mais amplamente, o acolhimento da autonomia e da liberdade num contexto organizado e seguro.
6. PROCEDIMENTOS METOLÓGICOS
A pesquisa aqui foi realizada em obras, documentos previamente escritos, qualificados como teóricos, sendo, fontes bibliográficas, com estas, têm-se por objetivo adquirir contribuições teóricas que possam a ser vir aplicadas na práxis da educação Infantil, vindo a acrescentar ao tema problema deste trabalho.
Gil, 1996, p.50-51: “Muitas vezes fontes secundarias apresentam dados coletados ou processados de forma equivocada. Assim, um trabalho fundamentado nessas fontes tendera a reproduzir ou mesmo ampliar esses erros.” Sendo assim, é possível observar a importância de uma pesquisa bibliográfica bem fundamentada, com autores que estudam, criando hipóteses sobre o assunto proposto como título da “obra”, a teoria quando levam em conta as realidades vividas passa a servir de referência essencial para uma boa práxis.
Esta pesquisa Bibliográfica contém a seguinte trajetória. Primeiramente escolhido a definição do tema, após, delimitação justificativa, objetivo gerais e específicos, problema, hipóteses, definição dos temas, leituras diversas para realização da fundamentação teórica.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esta pesquisa Bibliográfica teve por objetivo geral, estudar a real importância do brincar na Educação Infantil, como ferramenta didática, nas idades de quatro meses a seis anos de idade, dentro do tema: O LÚDICO = O BRINCAR: visando o desenvolvimento da criança na Educação Infantil, no processo do desenvolvimento e aprendizagem da criança, tendo como problema norteador da mesma - Qual a real importância do brincar na Educação Infantil nas idades de quatro meses a seis anos de idade, nas escolas de educação infantil, no litoral norte do estado do Rio Grande do Sul?
Tendo por hipótese principal da pesquisa, as brincadeiras, sua real importância no decorrer do processo do ensino e aprendizagem no período da Educação Infantil, pois é através das mesmas que a criança tem a chance de expressar-se com liberdade, dando-lhes o direito do sonhar, fantasiar, interpretar, desenvolver suas motricidades usando suas expressões corporais.
Entende-se que educar ludicamente não é jogar lições prontas para o educando consumir passivamente, sem dar a ele a chance de desenvolver a atividade proposta, podendo ocorrer mudanças, de acordo com habilidades do educando e ou do grupo. Educar deve ser um ato consciente e previamente planejado, é tornar o indivíduo consciente, engajado e feliz no mundo. É seduzir o educando para o prazer de conhecer e reconhecer-se.
Segundo Almeida, (2000, p. 78); o brincar é uma necessidade básica e um direito de todos. O brincar é uma experiência humana, rica e complexa. Portanto, o ato de brincar deve constantemente ser ferramenta utilizada na educação infantil, pois é a partir da brincadeira que ocorrerá a descontração, interação, socialização o ensino e por conseqüência a aprendizagem. É neste momento que a criança libera e vivencia sua criatividade e conhecimentos, e, mesmo sem que ela compreenda o real significado do brincar.
A brincadeira, assim como outras formas lúdicas de ensinar devem ser importantes aliadas dentro da pratica pedagógica, pois essas colocam a criança diante de situações desafiadoras e desencadeadoras do processo de construção do conhecimento. A brincadeira dá vida à escola, precisamos romper através da brincadeira com a instituição dominante do conhecimento formalizado, fazendo com que a criança veja a escola espaço de liberdade, descobertas e possibilidades de construir e reconstruir através da ferramenta lúdica.
A infância é tida como a idade das brincadeiras, as técnicas lúdicas fazem com que a criança aprenda com prazer e alegria, temos como função enquanto educadores acreditar que por meio delas é possível satisfazer a criança, buscando aprimorar e priorizar seus interesses, necessidades e desejos particulares, sendo um meio privilegiado de inserção na realidade, pois expressa a maneira como a criança reflete, ordena, desorganiza, destrói e reconstrói o “mundo” a sua volta. Sendo assim, destacamos o lúdico como uma das maneiras mais eficazes de envolver o educando nas atividades diárias, pois a brincadeira é algo que pertence a criança, é através que acontece total envolvimento na sua forma de agir, refletir e descobrir o mundo que acerca.
Podemos então dizer que, o brincar é uma situação privilegiada de ensino e aprendizagem infantil, visto que, o desenvolvimento pode alcançar níveis simples ou mais complexos, possibilitando interação, situação imaginária e negociações de regras de convivência.
Ao definirem papéis a serem representadas, as crianças demonstram sua autonomia e aprendem a conviver com as diferenças existentes no grupo que convive neste contexto o educador da Educação Infantil tem como papel criar condições para que seus educandos brinquem sem deixar de ser criança, já o adulto voltando ao mundo infantil.
Portanto, se desejarmos que nossas crianças construam seus próprios conhecimentos e ideais, nós enquanto educador e deveremos ter a consciência, de que toda a práxis pedagógica seja inserida no lúdico estimulando e auxiliando a constante busca pelo conhecimento dos nossos educandos, levando a conquista da sua autonomia a qual se constrói por meio do brincar, sendo uma ação norteadora dentro do processo ensino e aprendizagem.
No seguimento da pesquisa a hipótese foi reafirmada e ou mantida, pois a ação do brincar é essencial em todas as etapas que percorrem o processo do educar na criança na fase da primeira infância.
A criança quando privada de atividades lúdicas pode até ficar com traumas profundos, por faltas dessas vivências, pois além de vivenciar momentos de muita alegria e prazer estará praticando suas habilidades num todo, chegando então ao desenvolvimento integral da criança.
O educador que não gosta de envolver-se no ato de brincar do educando, jamais saberá ou irá observar os mesmos dentro das praticas lúdicas, sendo que enquanto educador é necessário que observe e participe da práxis lúdica; não tendo a sensibilidade de reconhecer o real valor da atividade para a vida da criança o mesmo estará agindo equivocadamente, pois o brincar quando acontece de forma lúdica e real ai então é que acontece o imaginar, o fantasiar, o recriar, a criança ao vivenciar desafios instigará sua própria curiosidade levando-a ao aprender com significado, sendo muito mais criativa.
Colocamos aos profissionais, educadores da Educação Infantil, devem ter e manter um olhar bastante especial para a importância das brincadeiras, sendo que estas devem ser utilizadas como método didático para o ensino e aprendizagem, sendo que, através do lúdico aprende-se de forma muito prazerosa.
A atitude do educador infantil, sem duvidas, é decisiva no que tange o desenvolvimento do faz-de-conta, então destacamos como funções essenciais e diferenciadas que devem ser assumidas pelo profissional adulto no desenrolar da atividade lúdica: observador, catalisador e por fim participante ativo.
Enquanto profissionais da Educação Infantil temos que fazer nascer em nós e nas crianças o real desejo pelo qual aprendam a aprender, precisamos acreditar e conhecer a fundo o fazer didático pedagógico lúdico o qual deverá estimular a busca do real conhecimento pela conquista da autonomia a qual se construirá através do brincar, sendo essa uma ação norteadora dentro do processo ensino e aprendizagem.
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